Começo essa série falando de um que se situava no campo onde a arte e o artesanato se somavam numa produção única para o carnaval de Ouro Preto. Trata-se de Jesus Mazzoni,um criador discreto e focado no sucesso de nossas Escolas de Samba. É significativo que a sua partida coincide com um período de baixa, e quando aconteceu, pensei do que seria delas sem Ele.Mereceria uma exposição suas criações e armações em arame e outros materiais industriais que adaptava a nossa estética e gosto como ninguém.Era muito engraçado como conseguia receber os carnavalescos na sua oficina e ninguém saber dos "segredos" de cada um. Era um dos suportes mais importantes da sua Escola, a Sinhá Olímpia, mas acompanhava na Praça, ao lado do palanque, o desfile de todas, avaliando e pensando no próximo carnaval. Muitas saudades...tínhamos uma brincadeira: eu chamava ele de Jesus com G e ele me chamava de Gê com J!