Queria sorrir como Larissa e Letícia, queria gargalhar como Lucianas, queria dançar como Paula, queria flanar como Fernandas, queria cantar como Sílvia, queria encantar como Tatiana, queria existir como Cláudia, queria enxergar como Karla, queria encarar como Gláucia, queria temperar como Ione, queria posar como Cione, queria encarar como Caridy, queria enfrentar como Rose e ser artista como Fani.
Queria ser grande como Nívea, queria ser suave como Celina, queria ser família como Cecília, queria ler como Stella, queria raciocinar como Cristina, queria o mistério de Sissi, queria a pureza das Aninhas e também a grandeza de Elianes (corações ruivos como elas).
Queria a graça de Marinas, queria sublimar como Luízas, queria o cheirinho de fogão de Íris e fazer sonhos como Detinha.
Queria rir como Karinas, queria a doçura das Simones , queria a profundeza de Daniela. E a alegria de Leila e hipnotizar como Juliana.
Talvez o agridoce sabor de Eunices, e o perfume de Rosas Marias.
Queria o nome de Maria.
Queria sentir o gosto da vida como Lucianas (novamente, e também ser unânime como elas), queria ser moderna como Paollas, queria a força de Thaíses, queria a jovialidade cativante e serena de Lara e Laís, queria a maturidade de Anna Magdalena, a postura de todas juntas.
Queria ser feliz como Terezinhas, queria receber como Lilli, queria cachaçar como Cida e ser firme como Sônia. Queria olhar como Zezé.
Queria a nossa infância de volta.
Queria ser casta como Fidélis e irreverente como Nice. Queria o enigma de Adrianas, e a popularidade de Patrícias. Queria a pompa de Anas Cláudias e a renovação de Ondinas.
E ter o borogodó de Madus, Manus e Lus.
E o charme de Vanísia.
E a santidade de Deth.
E a cordialidade de Beatrizes...
E ser vizinha como Zelinha e contar com as Rochas de suas raízes.
O que dizer de Márcias e das Camilas?
E ser épica como Helena.
E histórica como as Marílias. E as Inas.
E cativar como Priscillas.
Queria ser esposa como Lúcias e orar como Dalvas.
E quem me dera ser prendada como Lucy?
Queria a lealdade de Susans. E ser mãe como as Grégios. Queria esquentar como as Caldeiras.
E ser Lícias.
E elegante como Bianca.
E ser pintora como Emiliana.
E ser querida e caçula como Ivy.
Queria ser prateada como Dora e dourada como Auroras.
E guiar o mar como Guiomar.
E ser bonita de A a Z.
Queria as glórias de Glórias e as vitórias das Vitórias.
Queria afagar como Elizabeths e ser lady como Macbeths.
Queria a sensatez e a insensatez de todas.
E queria sambar como as rainhas.
E desfilar como Brunets.
E o carisma de Sabrinas.
E o talento de Elviras.
E o coração de Lótus.
E como me esquecer de ser maravilhosa como Maras e Marianas?
Também Elisas, Idunas, Bracheres outroras e vindouras.
E ser artista no nosso convívio.
Mas sou apenas e, apesar de tudo, Blima.
Com este olhar profundo e vesgo. E emoldurado com muitos pelos...
Blima Bracher
Jornalista/ Documentarista
(31) 8431-3737