O Distrito de Miguel Burnier está localizado a 40 km de Ouro Preto. Limita-se com os distritos de Engenheiro Correa, Santo Antônio do Leite, Cachoeira do Campo e Rodrigo Silva, além das cidades de Congonhas, Ouro Branco e Itabirito. A principal fonte de renda do distrito está veiculada à mineração.
O Distrito de Miguel Burnier tem forte ligação com a história do Brasil, envolvendo a Inconfidência Mineira no século 18 e o início da ferrovia d da siderurgia no Brasil no século XIX. Com patrimônios imateriais como congado, banda, coral, artesanato, culinária, a cultura local.
Para visitar: Igreja do Sagrado Coração de Jesus,
A região do Rodeio, a 40 km de Ouro Preto, era uma localidade composta por fazendas mineradoras de ouro. A mineração desenvolveu-se principalmente nas áreas de depressão do terreno chamadas de caldeirões. Com o passar do tempo às fazendas do tempo, e do Rodeio vão, aos poucos, diminuindo a atividade mineral e aumentando a atividade agrícola.
A partir de 1880, a região começa a ganhar nova dinâmica. Com a construção da estrada de ferro, muitas pessoas que trabalhavam na construção da rede se fixaram na localidade. A inauguração da Estação de Miguel Burnier deu-se no dia 17 de junho e 1884, e o nome foi uma homenagem ao diretor da rede ferroviária daquele ano, o engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier. A ferrovia teve um papel muito importante na vitalidade do distrito, devido ao grande o movimento de cargas.
No início do século o comendador Carlos Wigg compra a maioria das terras do distrito, e em 1893 implanta a usina de produção de ferro. A mulher do comendador mandou erguer a igreja de Nossa Senhora Auxiliador de Calastróis que, em 16 de julho de 1918, foi instituída como paróquia. Em 8 de outubro de 1929, foi determinado que a sede do distrito seria São Julião, povoado da usina onde havia a capela de São Julião. Somente em 17 de dezembro de 1948, que por força da lei nº 336, o distrito passa a se chamar Miguel Burnier, mas, até os dias de hoje, os moradores afirmam que este nome se restringe à área da usina e o resto do distrito se autodenomina São Julião.
Ainda neste período instalaram-se na região as irmãs da Beneficência Popular do Coração de Jesus, que solicitaram a mulher do Comendador a construção de uma nova igreja. O pedido é atendido e em 1934 é inaugurado o novo templo em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus. No mesmo ano, a capelinha de São Julião foi demolida e a imagem do santo foi levada para a igreja. Em 1946, é construído pelas irmãs o Orfanato Monsenhor Horta.
As festas religiosas são uma tradição no distrito, e as cerimônias mais bonitas são as da Semana Santa, quando os moradores representam cenas da paixão de Cristo. Em maio é comemorado o mês de Maria e em junho e julho as festas juninas esquentam as noites frias. Grupos de Congado festejam Nossa Senhora do Rosário em outubro e saúdam o Ano Novo com a Folia de Reis. A Festa dos Mineiros é realizada no dia 9 de janeiro com louvores ao padroeiro São Julião.
Na década de 70, um novo grupo empresarial assume as usinas de Miguel Burnier e várias mineradoras se instalam próximas à rodovia que liga a região de Belo Horizonte a Conselheiro Lafaiete. Através delas se intensificou o processo de urbanização e o distrito pode contar, inclusive, com uma pequena pista de pouso e decolagem de aviões de pequeno porte.
Fonte: http://www.ferias.tur.br/index.asp