A localidade do Salto formou-se, provavelmente, no final do século XVIII, ao pé da Serra de Lavras Novas. A mineração do ouro deu-se apenas à margem esquerda do rio porque está em cima de uma falha geológica na encosta da montanha, na parte mais baixa da Serra do Itacolomi.
A região, toda cercada por montanhas, está localizada a 800 metros de altitude, num rebaixamento das serras vizinhas. A região era conhecida como Santo Antônio do Salto Alto porque aquele era o último lugar onde se saltava o rio em passagem para a Fazenda das Bandeiras, para Piranga ou Catas Altas e, também, por causa da altura do salto da principal cachoeira do rio.
O povoado teve origem na Fazenda do Salto que minerava na região, praticando, também, a agricultura. Segundo moradores, a capela de Santo Antônio no centro do distrito foi construída onde havia uma ermida. Ela sofreu inúmeras reformas e a atual data é de 1938. Devido ao isolamento, a comunidade dedicou-se à agricultura e à pecuária, destacando-se na produção de banana, que atravessava a serra e era vendida em Ouro Preto. O Salto foi uma das primeiras localidades de Ouro Preto a receber energia elétrica, por causa da construção de uma usina.
A região foi se desenvolvendo lentamente com a construção de novas casas, ampliação da escola e melhoria na infra-estrutura básica de saneamento. Atualmente a população vive principalmente, do trabalho em empresas do município, a tradição da garimpagem não desapareceu e a população completa sua renda buscando ouro ou topázio nas margens do rio. No mês de junho, a festa do santo padroeiro se transforma em uma grande festa junina com participação de toda a comunidade e grande número de visitantes.
Em 30 de novembro de 1992, com a denominação de Santo Antônio do Salto, é o mais novo distrito de Ouro Preto. Para quem quer conhecer a região, o que mais encanta no Salto é a grande beleza na paisagem e a exuberância da natureza, praticamente intocada, com cachoeiras bastante singulares e as águas mais cristalinas das redondezas.