Servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em greve desde 1º de junho, decidiram impedir as matrícula dos novos alunos aprovados no SiSU. A medida foi aprovada em assembleia da categoria, nesta terça-feira (16), seguindo orientação do Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA.
O SiSU é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. As inscrições estão marcadas para os dias 19, 22 e 23 de junho.
Para a UFOP foram aprovados para a primeira chamada do SiSU 1.384 estudantes.
Segundo a presidente do Sindicato ASSUFOP, Luiza de Marillac dos Reis, a suspensão das matrículas do SiSU é uma decisão nacional, já com adesão de outras instituições federais como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ela, a orientação do comando de greve é para que todas as instituições onde houver matrículas presenciais, com entrega de documentação, referente ao SiSU, o processo seja suspenso.
“Vamos impedir que essas matrículas sejam feitas aqui na UFOP. Isso não significa que esses alunos perderão as suas vagas. Eles terão que esperar um tempo, o desenrolar da nossa greve, para que o processo inicie. Esperamos que o governo negocie com a categoria logo. Enquanto o governo não receber a categoria com uma contraproposta às reivindicações encaminhadas as matrículas para o SiSU continuarão suspensas”, avisou Luiza de Marillac.
Balanço da Greve
A greve nacional dos servidores técnicos-administrativos foi deflagrada no dia 28 de maio. Em Ouro Preto, os trabalhadores da UFOP pararam no dia 1º de junho. E o movimento segue forte com adesão de 90% da UFOP, conforme balanço do Comando Local de Greve, afetando o funcionamento dos laboratórios, biblioteca, e o restaurante universitário, com horário de funcionamento alterado.
Dentre os itens, os servidores reivindicam recomposição salarial de 27,3% (considerando perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016), correção das distorções da carreira e reposicionamento dos aposentados. Os dados divulgados pelo Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA mostram que até terça-feira (16), 65 instituições federais de ensino superior no país paralisaram suas atividades.
Fotos: Divulgação | Sindicato ASSUFOP