A greve dos servidores Técnico-administrativos em Educação (TAE’s) da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), iniciada em 1º de junho, completa um mês e o fim do impasse entre os trabalhadores e o Governo Federal ainda não tem prazo para acabar. Conforme o balanço do Comando Local de Greve do Sindicato ASSUFOP, 95% dos trabalhadores aderiram ao movimento em Ouro Preto.
Em todo o país, de acordo com o Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, 65 instituições federais aderiram ao movimento paredista. Os trabalhadores cobram, dentre outros itens, a recomposição salarial de 27,3%, correção das distorções da carreira e reposicionamento dos aposentados.
Em reunião com representes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), na quinta-feira (25), foi apresentado índice de reajuste de 21,3% em quatro anos até 2019 – e o governo não quis tratar das demais reivindicações. A proposta não agradou a categoria que classificaram a oferta de “indecorosa” e prometem exacerbar ainda mais os atos de protesto em todo o país.
Nos dias 7 e 8 de julho, os grevistas seguem para Brasília no grande ato pela educação. O comando local de greve organiza a caravana dos TAEs da UFOP em greve para participação do manifesto na capital federal. O evento é organizado no Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais. A programação prevê acampamentos na Esplanada dos Ministérios, marcha nacional e plenária unificada.
.ATO PÚBLICO NA PRAÇA TIRADENTES
Na quinta-feira (25), os servidores técnico-administrativos em greve, estudantes e professores da UFOP fizeram um ato público em defesa da educação e da universidade pública na Praça Tiradentes. Cerca de 300 pessoas estiveram no manifesto, que teve ainda os servidores do IFMG campus Ouro Preto.
O reitor da UFOP, Marcone Jamilson de Freitas, compareceu ao ato e relatou as dificuldades financeiras da instituição se agravaram em função dos cortes de até 47% realizados pelo governo federal nas verbas de custeio e investimento.
Segundo o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFOP, Rodrigo Fernando Bianchi, isso representa uma redução de R$ 15 milhões em investimentos em projetos, obras, acervos, equipamentos e mobiliário, entre outros bens de capital - orçamento que já estava aquém das nossas necessidades.
“Os cortes levaram o orçamento da UFOP hoje aos padrões de 2004, e com a expansão que houve e a quantidade de estudante e os projetos desenvolvidos pela universidade, ela não conseguirá cumprir as suas obrigados até o fim do ano”, diz Sérgio Neves, diretor do Sindicato Assufop.
NOSSAS REIVINDICAÇÕES
· Reversão da política de corte de investimentos
· Contra o arrocho salarial, por data base e política salarial
· Melhorias nas condições de trabalho
· Reestruturação das carreiras
· Democracia nos conselhos e órgãos departamentais
· Contra a precarização das condições de trabalho
· Pelo fim da terceirização, com realização de concursos públicos para contratação para o quadro efetivo
· Pela abertura de negociações com as categorias em greve
JUNTOS NA LUTA PELA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Informações sobre a greve acesse o site http://greve.assufop.org.br