Aproximar empresas e academia, estimular a troca de conhecimentos, desenvolver novas tecnologias e propiciar aos estudantes maior contato com o mercado de trabalho. Estes são alguns dos objetivos do protocolo de intenções que a Samarco e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) assinaram nesta sexta-feira, (9/10). A assinatura faz parte da programação do Fórum Anual de Ciência e Técnica – FCTEM 2015, que conta com patrocínio da mineradora.
“A Samarco sempre busca a aproximação com a academia, por acreditar que o pensamento científico e o desenvolvimento tecnológico são chaves para o futuro de qualquer negócio. Tratando-se de mineração, não teríamos parceiro melhor que a Ufop, berço do estudo da mineração no Brasil e um dos principais centros de excelência em engenharia do País”, avalia Ricardo Vescovi, diretor-presidente da Samarco.
O documento, que formaliza uma relação de longa data entre universidade e empresa, é um importante passo para a realização de uma série de ações práticas, como aulas ministradas por profissionais da empresa e a reforma da sala de realidade virtual do Museu de Ciência e Técnica. Os primeiros beneficiados pelo convênio serão os alunos do curso de engenharia de minas. Os estudantes terão a oportunidade de assistir a aulas de segurança do trabalho ministradas pelos especialistas responsáveis pelo tema dentro da Samarco, empresa referência entre as mineradoras brasileiras. “A disciplina será eletiva, ou seja, não fará parte do currículo obrigatório do curso, mas, certamente, trará conhecimento de grande relevância para os futuros engenheiros”, explica Vescovi.
Outra ação já encaminhada é a reforma e adaptação de uma sala do Museu de Ciência e Técnica da Ufop para a implantação de um laboratório de realidade virtual. Com investimento orçado em R$ 150 mil, destinados da verba da Política de Investimento Socioinstitucional da empresa, a sala será utilizada por alunos de pós-graduação e professores da universidade em atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento. Com tecnologia de ponta e equipamentos modernos, será possível visualizar todo o processo produtivo mineral, acompanhar a evolução da lavra ao longo da vida útil da mina e planejar formas mais eficazes e ecoeficientes para o aproveitamento dos recursos minerais. Além da Samarco e da universidade, o projeto também envolve a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
O novo laboratório permitirá ainda o uso mais amplo do auditório do museu, que hoje abriga equipamentos de realidade virtual para utilização em aulas de graduação. Com os novos equipamentos e a sala exclusiva para atividades acadêmicas, será possível utilizar a estrutura existe hoje para simular visitas em áreas operacionais de mineração, gerando no visitante do museu a sensação de estar dentro das minas. “No futuro, parte das visitas hoje feitas na Unidade de Germano, da Samarco, poderá ser realizada dentro do museu, utilizando a tecnologia, com conforto, segurança e alto nível de detalhamento”, destaca o executivo.
Foto: Da esquerda para a direita: Diretores da Samarco, o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi,
o diretor da Escola de Minas, Issamu Endo, o reitor da Ufop, Marcone Jamilson, o presidente da Vale, Murilo Ferreira,
e o presidente do conselho diretor da Fundação Gorceix, Clóvis de Carvalho.
O protocolo também prevê outras iniciativas, ainda em fase de detalhamento, entre a empresa e universidade. Entre elas estão um programa de concessão de bolsas e financiamento de pesquisas de mestrado, a reforma de outro espaço do Museu de Ciência e Técnica – este destinado ao público em geral –, o lançamento de edital de Inovação Social com o intuito de desenvolver novos negócios a partir do rejeito da mineração e incubação de projetos pela universidade. Vem sendo estudada ainda a doação de subprodutos do beneficiamento do minério de ferro da Samarco para utilização como matéria-prima na melhoria de instalações da Ufop.
Vescovi lembra, ainda, que as ações empenhadas junto à Ufop são parte da Estratégia de Transformação Social da Samarco, que visa o desenvolvimento dos territórios onde a empresa atua em quatro áreas de resultado: Educação; Capital Institucional; Economia e Negócios e Cidadania e Participação Social.
No eixo de Educação, alavancamos o desenvolvimento sustentável por meio da universalização do conhecimento, considerando três pilares: educação formal; educação para o trabalho e renda; e educação para a cidadania e sustentabilidade. A empresa já desenvolve iniciativas com escolas de ensino básico da região, com o Cidadão do Futuro, em Ouro Preto, Mariana e Santa Bárbara, e agora alcança, também, a educação superior, por meio do protocolo assinado.
Sobre a Samarco
Fundada em 1977, a Samarco é uma das principais empresas brasileiras de mineração, a segunda maior empresa no mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro e uma das maiores exportadoras do País. Com clientes em mais de 20 países, de quatro continentes, a empresa tem, atualmente, capacidade nominal de produção de 30,5 milhões de toneladas anuais de pelotas, gerando cerca de 6 mil empregos, entre diretos e indiretos. De capital fechado, a Samarco tem duas acionistas – Vale S/A e BHP Billiton Brasil Ltda.–, que dividem igualmente o controle acionário da empresa, e possui duas unidades industriais localizadas em Minas Gerais e no Espírito Santo, que são interligadas por três minerodutos com 400 quilômetros de extensão cada, além de um terminal marítimo próprio em Ubu (ES) e dois escritórios internacionais, em Amsterdã (Holanda) e Hong Kong (China) e um nacional, em Vitória (ES).