A exposição apresenta ao público 22 painéis e totens informativos com fotos encaminhadas por diversos municípios mineiros para o MPMG, com imagens de bens sacros que foram desviados de suas comunidades e que ainda não foram encontrados.
Minas Gerais tem o maior número de bens culturais protegidos. De seus sítios históricos, três são declarados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, a cidade de Ouro Preto e o centro histórico de Diamantina. Mas grande parte dessa riqueza está desaparecida.
A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais estima que o estado já tenha perdido 60% dos seus bens sacros em razão de furtos, roubos e apropriações indevidas. "É preciso que o cidadão desperte sua atenção para o tema, pois esse patrimônio integra uma parcela importante da herança cultural dosmineiros e deve ser protegido e fruído por todos", afirma o coordenador da Promotoria, Marcos Paulo de Souza Miranda.
Segundo o Promotor de Justiça, a subtração de peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável e o prejuízo para o patrimônio cultural é incalculável. "O comércio clandestino de bens culturais só está atrás, em volume de dinheiro movimentado, do tráfico de drogas e armas. As peças desaparecidas podem estar em qualquer lugar: antiquários, residências particulares, à venda em leilões e até mesmo pela internet", destaca.
A exposição Em busca do patrimônio perdido ainda irá para outras cidades de Minas. Ao exibir as imagens dos bens subtraídos, a mostra oferece a oportunidade de reconhecimento e identificação das peças e a possibilidade de restituí-las para os locais de origem. Ao mesmo tempo, dá-se sequência à campanha educativa, alertando sobre as principais ameaças a que esses bens estão submetidos e apresentando medidas a serem tomadas para prevenção de danos.
Em 2014, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais realizou, em Belo Horizonte, a exposição Patrimônio recuperado, que revelou para o público cerca de 150 peças sacras apreendidas pela Polícia Federal ou em operações do MPMG realizadas nos últimos dez anos. As peças estão sob a tutela do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG).
Os horários de visitação são os seguintes: segunda-feira, de 14h às 18h, e terça a domingo, de 10h às 18h. No carnaval, a Casa dos Contos ficará fechada de 06 a 09 de fevereiro e, na quarta-feira de cinzas, 10 de fevereiro, a exposição pode ser visitada de 14h às 18h.
A exposição Em busca do patrimônio perdido fica em cartaz no Salão Principal da Casa dos Contos de 26 de janeiro a 13 de março, e a visitação é gratuita