O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completa, em 2017, 80 anos de atuação frente ao patrimônio cultural. Neste ano como parte da programação da curadoria de artes visuais do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes 2017, o Centro de Artes e Convenções da UFOP abriga a partir do dia 12 de julho uma exposição que conta a história do Instituto e sua atuação em Minas Gerais.
Garantindo a preservação de bens materiais e imateriais que vão da origem indígena dos primeiros habitantes do Brasil à colonização européia, passando pela cultura trazida pelos africanos escravizados, imigrantes japoneses e diversos outros povos, o Iphan é tido como o principal órgão em preservação cultural do país. O projeto embrionário de criação do Instituto foi imbuído em 1938, pelo então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, ao poeta e escritor Mário de Andrade.
Minas Gerais, que possui cerca de 40% dos bens tombados pelo Iphan em todo o país, conta com nove conjuntos urbanos protegidos que reúnem milhares de edificações, pequenos conjuntos e bens isolados em 51 municípios, além de bens ferroviários móveis e imóveis, quatro coleções de arte em museus e mais de três mil sítios arqueológicos e seus acervos.
A presença desses patrimônios pode ser notada nos bens imateriais, como o modo artesanal de se fazer queijo nas regiões do Serro, nas serras da Canastra e do Salitre; o toque dos sinos; o ofício de sineiro e de mestre de capoeira; da roda de capoeira; e do jongo do sudeste, típica expressão da cultura afro-brasileira, que mistura danças, percussão e práticas de magia, tendo se consolidado nos negros escravizados que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar no sudeste do Brasil.
Os bens materiais também estão representados no estado com importantes peças do barroco, como as 12 esculturas dos Profetas criadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em Congonhas; pelo Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, com diversas construções que contam com a assinatura do arquiteto Oscar Niemayer; e a cidade de Ouro Preto, que recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, em 1980.
A exposição tem entrada franca, com visitação de segunda a sexta-feira, no Centro de Convenções de Ouro Preto, no Salão Sabará. Esse trabalho faz parte da curadoria de artes visuais do Festival de Inverno Ouro Preto e Mariana | Fórum das Artes 2017, que este ano comemora 50 anos.
Exposição: 80 anos do Iphan
Abertura: 12 de julho
Público: Comunidade e Turistas - Entrada Franca
Visitação: 12 a 23 de julho
Local: Centro de Convenções de Ouro Preto - Salão Sabará