O show acontecerá no dia 1º de setembro, às 19h, na Casa de Ópera de Ouro Preto
Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik apresentam, pela primeira vez em Ouro Preto, o repertório do álbum NÁ e ZÉ. O público da cidade barroca poderá conferir, no dia 1º de setembro, sexta-feira, às 19h, na Casa de Ópera de Ouro Preto, a sintonia única destes artistas. O show, que acontecerá em seu formato mais intimista, apenas piano e voz, contará também com outras canções de Wisnik. Foram escolhidas para o espetáculo: “Se meu mundo cair”, “Mortal loucura”, “Sem receita” e “Assum branco”.
Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik se cruzaram musicalmente pela primeira vez em 1985. Esse encontro, que abriu caminho para tantos outros, é celebrado agora em NÁ e ZÉ – álbum que reúne 14 canções compostas por Zé Miguel entre 1978 e 2014, sendo oito inéditas em disco. Um repertório que, de certa forma, refaz a trajetória de ambos.
"A primeira vez que ouvi as canções do Zé Miguel Wisnik, em 1985, fiquei impressionada com a quantidade e qualidade do que se apresentava. Canções com muita personalidade, que traziam um diferencial pras referências que eu tinha até então. Ao mesmo tempo soavam redondas, num casamento perfeito entre melodias e letras – e que melodias, e que letras! Privilégio! Passei a incluí-las em meus shows e acabei gravando quatro delas no meu primeiro disco solo, em 1988", relembra Ná.
O repertório do show, que já passou por São Paulo, Jundiaí, Lisboa, Teresina, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, contempla quase todas as canções do álbum, além de suas duas faixas bônus, “Sopro de flor”, parceria inédita de Wisnik com Domiguinhos, e “Mais simples”.
NÁ e ZÉ foi lançado em formato digital, com download gratuito no site www.naeze.com.br, e reprodução nas principais plataformas de streaming (iTunes, Spotify e Deezer). O álbum duplo também está à venda em CD e LP.
As canções, por Zé Miguel Wisnik
1. "Subir mais" – letra ditada por Paulo Leminski pelo telefone, em 1989. Fiz a música pouco
depois e acrescentei a frase "Até chegar aqui", no final. Está no meu primeiro disco, de 1993. Agora em 2014, para o disco com a Ná, musiquei "Gardênias e hortênsias" (que está
no Poesia toda do Leminski), para se juntar com "Subir mais".
2. "Sim, sei bem" – inédita de 2009, sobre uma “Ode” de Fernando Pessoa / Ricardo Reis.
3. "Alegre cigarra" – parceria com Paulo Neves, de 1979. Ná cantou algumas vezes em
shows dos anos 1980, mas nunca foi gravada.
4. "Miragem" – parceria com Marina Wisnik (música minha para letra dela) gravada por ela
no seu primeiro disco, em 2011.
5. "Som e fúria" – Paulo Neves me mandou a letra, em 1992. Gravada no meu primeiro CD.
6. "Momento zero" – gravada por Paula Morelenbaum no primeiro CD dela, pelo selo Camerati, em 1993, e cantada pela Ná num show que fizemos no Teatro Crowne Plaza nessa época. Acrescentei a estrofe final recentemente ("instante mudo / no instante mudo / sem razão nem raiz / nada te peço / nem te confesso / somente estou aqui").
7. "Sinal de batom" – primeira parceria com Alice Ruiz, em 1988. Cantada pela Ná em shows da época, mas nunca gravada.
8. "Noturno do mangue" – feita para a montagem de "Mistérios gozozos", de Oswald de
Andrade, pelo Teatro Oficina, em 1994. Nunca tinha sido gravada.
9. "A olhos nus" – composta em 1978, gravada no meu primeiro CD e no primeiro disco da
Ná. É uma espécie de símbolo do encontro "Ná e Zé".
10. "Orfeu" – música de 1982, letra que foi se fazendo nos anos seguintes, gravada no
primeiro disco da Ná.
11. "A noite" – parceria com Paulo Neves, de 1981. Essa nunca foi sequer cantada em
algum palco.
12. "Sinais de haicais" – Leminski me deu o haicai-refrão pra musicar. Completei depois com outros haicais dele, adaptados. Passou esse tempo inédita, desde o começo dos anos 90. Zélia Duncan gravou recentemente num Cd de canções de Leminski realizado pela Estrela Leminski e Teo Ruiz.
13. "Tudo vezes dois" – feita para Ná e Suzana Salles, no duplo aniversário delas, num 12
de dezembro de 1986, no dia em que fazíamos juntos um show no Espaço Off. Acrescentei
recentemente a letra da estrofe que eu canto. Nunca foi gravada.
14. "Louvar" – sobre poema de Cacaso, que ele me deu num caderninho todo escrito e desenhado a mão. Eu logo musiquei, na altura de 1984, e aí ele me contou que a letra já tinha música, feita por Claudio Nucci, com o nome de "Casa de morar". Mas disse também que gostava que a minha versão existisse. Ná cantou “Louvar” no meu casamento com Laura Vinci, em 1985. Cacaso estava lá, nesse dia. Nunca apresentamos essa canção em público – só recentemente, comemorando os 30 anos do nosso encontro musical, que começou justamente com ela.
NÁ e ZÉ é um lançamento CIRCUS produções.
Serviço
NÁ e ZÉ em Ouro Preto
Sexta-feira - 1º de setembro - 19h
Casa da Ópera de Ouro Preto
Rua Brigadeiro Musqueira, nº104
Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia)
Ingressos já à venda no Sympla: https://www.sympla.com.br/na-e
Cacau Show Ouro Preto (a partir da terça-feira, 29/08)