A convite da pesquisadora e colecionadora Priscila Freire e do diretor do Museu e artista plástico Gélcio Fortes, GUIGNARD IMAGINÁRIO integra a programação que festeja o artista Alberto da Veiga Guignard no mês de junho, mês de aniversário de sua morte e das festas de São João, tema recorrente na obra do pintor.
É a primeira vez que o filme será exibido em Ouro Preto, cidade escolhida por Guignard para realizar a maior parte de sua obra, e que ele chamou de sua cidade amor-inspiração.
CINEMA EM AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO
Penso sobre o que me levou a fazer o filme Guignard Imaginário diante da questão: o que me movimenta a fazer um filme?
O Cinema.
O processo de materialização de uma idéia em filme já poderia ser matéria prima tal a riqueza da dinâmica que envolve.
O que e como enquadrar, escolher a tonalidade, jogar com o claro e o escuro, usar o som e dar uma ordem a isso tudo que dê forma e sentido ao filme.
A montagem.
Um filme é sempre uma aventura.
Uma investigação.
Em Ouro Preto em 2012, no Cineop, festival que vem se dedicando à Memória e Preservação Audiovisual, me veio o lampejo de que era chegada a hora de falar de Guignard, o mestre da pintura que adotou Minas Gerais e em especial a cidade de Ouro Preto como sua “cidade inspiração”. Naquele ano, completavam cinquenta anos de sua morte.
Fatos determinantes me levam ao conhecimento de sua arte.
Fui criada em família ouropretana e filha de arquiteto e professor de desenho que abrigou Guginard por um período em sua casa enquanto terminavam as obras de sua casa própria.
Não o conheci pessoalmente, mas seu nome era constantemente lembrado como presença marcante e inesquecível não só na intimidade da casa mas, como fui vendo mais tarde, na história das artes.
Sempre me interessei por esse homem e o sentia mesmo como alguém da família.
Não queria fazer um retrato biográfico baseado em datas e informações sobre a vida do artista.
Queria continuar a ter a relação que sempre tive com ele que era no plano da imaginação.
Invocar Guignard.
Pintar a tela do cinema.
Colocar ação em quadros e contemplação em filme.
Escolhi três pilares de sua história e trabalho: a Escolinha do Parque em Belo Horizonte fundada a convite do prefeito JK, as paisagens de Ouro Preto e os retratos.
A partir daí, iria imaginá-lo.
E exercitar o cinema buscando o rigor do quadro e o movimento através do ritmo.
Dilatar o tempo.
Desaceleração temporal, calma, menos volume de informação e estímulos imediatos, que levasse a uma viagem sensorial.
É o convite que faço através desse filme que busca na pintura, arte contemplativa por excelência, um diálogo com as raízes do cinema.
Isabel Lacerda
GUIGNARD IMAGINÁRIO
Digital, cor, BH, Ouro Preto, 26 min
Realização: Ufa Audiovisual / Arquipélago Audiovisual / FEOP / FEC-SEC-MG
As aulas de desenho e pintura na Escolinha do Parque em Belo Horizonte, as paisagens da cidade histórica de Ouro Preto e os retratos são marcos do trabalho do pintor brasileiro Alberto da Veiga Guignard destacados em um diálogo fictício com o artista através de cenas imaginárias.
Com
Armando Lacerda
Carmen Castro
Elba Rocha
Eliatrice Gischewski
Helvécio Ratton
Isabel Diniz
Leonora Weissmann
Luciana Tanure
Lucienne Vianna
Luiz Carlos Lacerda Bigode
Luiza Alcântara
Mariana Lacerda
Paulo Augusto Gomes
Paulo Babreck
Regina Lourenço
Theo Weissmann Martini
Textos
Murilo Mendes
Cecília Meireles
Múcio Leão
Celina Ferreira
Voz de Guignard
Mário César Camargo
Vozes e Textos
Romério Rômulo
Armando Lacerda
Isabel Lacerda
Roteiro, Direção e Montagem
Isabel Lacerda
Fotografia e Câmera
Beto Magalhães
Direção de Produção e Montagem
Fábio Carvalho
Som, Trilha sonora Original, Masterização e Finalização
Chico de Paula
Assistente de Produção
Solange di Paula
Assistente de Câmera
Marco Melo
Figurinos
Marney Heitmann
Maquiagem e Cabelos
Elizinha Silva
Figurinos de Paulo Augusto Gomes e
Luiz Carlos Lacerda – Bigode
Wanda Sgarbi
Objetos de Cena no Parque
Léo Maciel
Clique na imagem abaixo para ver programação que festeja o artista Alberto da Veiga Guignard no mês de junho.