O Museu Mineiro recebe a exposição Aquarelas Belo Horizonte de Fátima Pena, com temática relacionada à cidade que a artista escolheu para morar. Aquarelas e bicos de pena, realizados ao longo de décadas, são objeto dessa mostra, que comemora os 120 anos de Belo Horizonte. Os trabalhos ficam expostos de 1º de março a 1º de maio de 2018, na Galeria de Exposições Temporárias II do Museu Mineiro, instituição integrante do Circuito Liberdade e vinculada à Superintendência de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.
Sobre suas obras Fátima Pena destaca: “comecei a fazer as pequenas aquarelas em 1997, quando Belo Horizonte completou 100 anos. O pretexto era participar de um concurso onde o trabalho premiado seria capa do catálogo de assinantes da Telemig, em comemoração ao centenário da capital. Porém, foi desde que comecei, na década de 1970, que elegi a cidade e seus símbolos como tema, procurando captar sua atmosfera, suas cores, seus espaços, e tudo mais que forma, em seu conjunto, a cidade de Belo Horizonte”.
A exposição consiste em vitrines com aproximadamente cento e sessenta aquarelas originais, em formatos que variam de 4 x 4 cm a 18 x 24 cm e impressões digitais fine art em grandes formatos. A curadoria e o design expográfico é de Guilherme Horta e a produção está a cargo do Studio Anta.
Os trabalhos foram agrupados segundo afinidades subjetivas, desejando formar um todo harmônico, sem preocupação em explicitar quais os locais abordados, pois se trata de uma cidade lúdica, que não quer ser conferida, só existir em paralelo à outra, real. Resgatadas recentemente, algumas dessas aquarelas sofreram uma intervenção em bico de pena e outras foram digitalizadas e impressas em grandes formatos com o intuito de mudar a escala da obra, ampliando sua atmosfera e revelando o traço leve e sutil da artista.
A artista conclui sua fala afirmando: “Em 1924, Mário de Andrade visitou Minas com um grupo de artistas e intelectuais, e escreveu o poema Noturno de Belo Horizonte. Um verso diz Belo Horizonte desapareceu/ transfigurada nas recordações. Eu justifico a minha cidade inventada na ponta do pincel fino, e iluminada em transparências, afirmando que é destino de todos os belos horizontes desaparecem, transfigurados nas recordações”.
Fátima Pena tem importante atuação de mais de 40 anos como artista plástica e foi por 26 anos professora de Pintura na Escola Guignard. Participou de mais de 20 exposições individuais e de vários projetos coletivos. Nessa lida de décadas ela se revezou na prática do desenho em bico de pena, em grafite, na aquarela, no pastel, na pintura a óleo: uma técnica interferindo na outra, acrescentando à outra, num constante aprender e recomeçar de novo.
Para a superintendente de Museus e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, “essa será mais uma oportunidade do Museu Mineiro homenagear os 120 anos de Belo Horizonte, com uma belíssima exposição de uma das maiores e mais expressivas aquarelistas mineiras. O visitante poderá vislumbrar diversas situações da capital sob o sensível olhar de Fátima Pena”.
O acesso às exposições temporárias e de longa duração do Museu Mineiro é gratuito. A instituição funciona nas terças, quartas e sextas-feiras das 10 às 19h, quintas-feiras das 12 às 21h, sábados e domingos das 12 às 19h.
SOBRE A ARTISTA
Fátima Maria Ottoni Pinto Ordones Pena nasceu em Teófilo Otoni/MG e desde 1966 reside em Belo Horizonte. A partir de 1974 passou a se dedicar à arte, tendo participado de diversas exposições e atuado como professora de Pintura na Escola Guignard entre 1986 a 2010. A artista é bacharel em Comunicação Social pela UFMG (1970) e tem especialização em Filosofia pela UEMG (2002). Fez cursos artísticos no Atelier Livre de Artes Plásticas (1975/76), na Escola Guignard - Litografia com Lótus Lobo (1979) e - Núcleo Experimental Amílcar de Castro (1980) e durante o Festival de Inverno em Diamantina (1989). Tem obras em Coleções Públicas de instituições como a Fundação Clovis Salgado, o Museu Histórico Abílio Barreto, o Ministério da Aeronáutica, a Universidade Federal de Viçosa, a Acesita e a Universidade Federal do Espírito Santo.
Suas principais Exposições Individuais foram:
· 1976 - Salão Jovem do Minas Tênis Clube: Aquarelas e Desenhos BH
· 1982 - Galeria de Arte do Gesto Gráfico: Pinturas e Aquarelas BH
· 1983 - Galeria Paulo Campos Guimarães: Pinturas BH
· 1985 - Espaço Cultural Itaú: Pinturas BH
· 1985 - Galeria de Arte da Fundação Cultural de Ouro Preto: Pinturas
· 1988 - Sala Corpo de Exposições: Aquarelas BH
· 1988 - Espaço Cultural Itaú em Ribeirão Preto: Aquarelas
· 1990 - Pace Arte Galeria: Pinturas BH
· 1993 - Galeria Marina Potrich em Goiânia: Pinturas
· 1994 - Galeria de Arte Kolans: Pinturas BH
· 1995 - Cine Belas Artes: Pintura do painel Belo Horizonte, com 11,5m x 3,09m
· 1996 - Espaço Cultural CEMIG: Pinturas BH
· 1997 - Pace Arte Galeria: Pinturas BH
· 2000 - Grande Galeria do Palácio das Artes
· 2000 - Espaço Cultural dos Correios no Rio de Janeiro: Pinturas
· 2002 - Galeria Marina Potrich em Goiânia: Pinturas
· 2003 - Centro de Arte da UFES em Vitoria: Pinturas
· 2003 - Espaço Cultural Bernardo Mascarenhas em Juiz de Fora: Pinturas
· 2005 - Sede do Convention International Bureau: Pintura em painel de 35m²
· 2006 - Espaço Cultural CEMIG: convidada para realizar exposição comemorativa ao aniversário da empresa
· 2015 - Galeria da Escola Guignard UEMG: Pinturas
· 2015 - Lançamento do livro Primeira Pessoa, de sua autoria.
Teve participação em projetos coletivos como:
· 1997 - Livro 100 Anos de Artes Plásticas em Belo Horizonte
· 2000 - Leiria/Portugal: Encontro de Culturas Belo Horizonte e Leiria
· 2006 – FIEMG - evento Arte e Indústria: Litografia de 10 artistas
· 2007 - Sala Arlinda Corrêa do Palácio das Artes e Espaço Cultural da FIEMG em Ouro Preto: Impressões Diversas
· 2010 - Galeria da Escola Guignard: coletiva com 9 professores da escola.
Recebeu as seguintes premiações:
· 1980 - Prêmio aquisitivo Aços Especiais Itabira
· 1980 - XII Salão Nacional de Artes Plásticas da Prefeitura de Belo Horizonte
· 1982 - Salão de Arte de Ribeirão Preto
· 1985 – Salão da Aeronáutica de Confins
· 1986 - Prêmio Fundação Clóvis Salgado do III Salão do Futebol do Palácio das Artes.
SOBRE O MUSEU MINEIRO
O Museu Mineiro está estabelecido em um belo casarão do final do século XIX, exemplar do conjunto arquitetônico original de Belo Horizonte. Antiga sede do Senado Mineiro e da Pagadoria Geral do Estado, o Museu foi criado em 1982, integra o Circuito Liberdade e é gerido pela Superintendência de Museus e Artes Visuais (SUMAV) da Secretaria de Estado de Cultura.
O local coloca à disposição do público exposição de longa duração e mostras temporárias, tanto de artistas consagrados quanto de iniciantes, além de ampla programação relacionada ao patrimônio material e imaterial do Estado. Com acervo de mais de 3 mil peças, de variadas tipologias, datadas dos séculos XVIII ao XXI, a instituição tem como objetivo preservar, pesquisar e difundir registros da história e da cultura mineira.
O acervo em exibição apresenta a coleção de arte sacra composta por peças do barroco mineiro e do período neoclássico. A pinacoteca é formada por obras de importantes artistas mineiros como Mestre Ataíde, Honório Esteves, Belmiro Almeida, Aníbal Mattos, Celso Renato, Inimá de Paula, Amílcar de Castro, Márcio Sampaio, Carlos Bracher, além de destacados artistas brasileiros, como Volpi e Di Cavalcanti. Também compõem o acervo da instituição utensílios domésticos e de uso pessoal, instrumentos de trabalho, objetos pecuniários e cerimoniais, insígnias, esculturas, com destaque para a coleção Jeanne Milde.
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SERVIÇO
Exposição: Aquarelas Belo Horizonte
Artista: Fátima Pena
Curadoria: Guilherme Horta
Local: Museu Mineiro – Galeria de Exposições Temporárias II - Avenida João Pinheiro, 342, Funcionários, Belo Horizonte/MG
Abertura: 1º/03/18 - quinta-feira – 19h às 21h
Período: 1º/03 a 01/05 /18
Horário de Funcionamento: Terças, quartas e sextas-feiras – das 10 às 19h, quintas-feiras das 12 às 21h, sábados e domingos das 12 às 19h
Informações: (31) 3269-1103
Assessoria de Imprensa: Angelina Gonçalves – (31) 3269-1109/98876-8987 - sum.comunicacao@cultura.mg.gov.br