Em assembleia realizada nesta terça-feira (24), os técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) decidiram pelo fim da greve. Paralisados desde 17 de março, os funcionários se reuniram na sede do Sindicato ASSUFOP para avaliar a orientação nacional da FASUBRA e criticaram a judicialização do movimento paredista pelo governo federal. Os servidores aprovaram retorno as atividades normais a partir de 25 de junho.
Ao avaliar os 100 dias da greve dos TAEs, o diretor do Sindicato ASSUFOP, Sérgio Neves, destacou a força do movimento dentro da UFOP, com quase 90% dos setores paralisados. No entanto, ele disse que em nível nacional, a greve já vinha perdendo força. “A greve já demonstrava certa fragilização nacional, com algumas entidades já retornando ao trabalho antes mesmo da decisão judicial, mas optamos por encerrar a paralisação embora não tenha havido nenhum tipo de negociação”, disse.
A ação do governo federal ao usar a Advocacia Geral da União (AGU) contra os trabalhadores foi duramente criticada pelos TAEs. “O governo, que é dos trabalhadores, foi extremamente intransigente conosco, desrespeitou o nosso direito de greve entrando na Justiça e não abriu possibilidade de qualquer negociação. Tivemos avanços internos, que a gente teria conseguido mesmo sem a greve porque na UFOP temos um diálogo aberto com a administração”, avaliou o diretor sindical.
Sobre a greve
Em greve desde 17 de março, os servidores reivindicavam dentre outras questões, que o governo cumpra o acordo firmado em 2012, que garante a progressão salarial prevista no Plano de Cargos e Carreiras dos servidores federais da educação. A categoria exige também que o governo reveja a decisão que transferiu para uma empresa privada a administração dos hospitais universitários no país.
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Fotos: DIVULGAÇÃO SINDICATO ASSUFOP