O musicólogo Maurício Monteiro lança em Ouro Preto, pela editora Castro Lobo, seu novo livro “Música e vida cotidiana em Minas Gerais – séculos XVIII e XIX”. A publicação é uma iniciativa da Orquestra de Ouro Preto e busca difundir o repertório erudito e sua história.
No livro, o autor descreve a saga musical mineira numa época de grande efervescência musical, impulsionada pelo período barroco. É sabido que, em Minas, assim como se investia na construção de pontes e chafarizes, era comum a contratação do serviço de música, e o Senado da Câmara de Vila Rica abria licitações públicas para a contratação de músicos, em atendimento ao extenso calendário de celebrações religiosas.
Em uma prévia da sua obra, Maurício, que também é historiador e pesquisador, esmiúça as partituras e imagens que constam nos tetos de igrejas, como a de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. De acordo com ele, no painel do templo sagrado, “estão circunscritos vários objetos relacionados, de uma forma ou de outra, com a efemeridade, com o mundano e o profano. Dentre eles, encontram-se um crânio, uma viola ou bandolim... O instrumento era considerado popular e mundano e, mais ainda, coisa do diabo”.
O lançamento do livro “Música e vida cotidiana em Minas Gerais – séculos XVIII e XIX”, de Maurício Monteiro, acontece na quinta-feira, 15 de novembro, às 18h, na livraria da Fiemg (Praça Tiradentes – Ouro Preto, MG).