Entre outros benefícios, a classificação coloca a cidade como prioridade na aquisição de recursos para projetos junto ao Ministério do Turismo
Ouro Preto manteve seu destaque no Mapa do Turismo Brasileiro, atualizado a cada dois anos pelo Ministério do Turismo. Esse mapa avalia as cidades brasileiras que adotam o turismo como estratégia de desenvolvimento. Em 2017, Ouro Preto sobressaiu como o único município do Circuito do Ouro contemplado na categoria “B”. Desta vez, em 2019, a cidade mantém a classificação “B”, juntamente com Caeté, evidenciando que, entre outros aspectos, na região em que se encontram, elas oferecem melhor infraestrutura turística e concentram o fluxo de turistas domésticos e internacionais. Outra cidade histórica classificada na mesma categoria foi Tiradentes, na região central de Minas.
O Ministério do Turismo utiliza o Mapa do Turismo Brasileiro como uma ferramenta que orienta o desenvolvimento de políticas públicas, descentralizando a gestão, a estruturação e a promoção do turismo. Por isso, o mapa é feito de forma conjunta com os órgãos oficiais de turismo nos estados e municípios. Isso possibilita o direcionamento mais eficaz das políticas do setor, com investimentos mais adequados à realidade de cada região.
Vários critérios são levados em conta para classificar as regiões turísticas e cada município, como: possuir legislação e um órgão responsável pela pasta de turismo, ter um Conselho Municipal de Turismo ativo, possuir prestadores de serviços turísticos registrados no Cadastur, entre outros itens. A partir dessa avaliação, as cidades são classificadas nas categorias “A”, “B”, “C”, “D” ou “E”.
Para aqueles municípios que recebem classificação nas categorias “A”, “B” e “C”, significa que eles atendem grande parte dos critérios do Ministério do Turismo e, além disso, têm uma margem de 95% dos empregos formais em meios de hospedagem, 87% dos estabelecimentos formais de meios de hospedagem, 93% de fluxo doméstico e também possuem fluxo internacional. Já as cidades dos grupos “D” e “E”, recebem essa classificação por se enquadrarem como apoio às cidades geradoras de fluxo turístico, fornecendo mão de obra e outros elementos que contribuem com a atividade turística naquela região.
O secretário de Turismo, Indústria e Comércio, e atual presidente da Associação do Circuito Turístico do Ouro, Felipe Guerra comemorou a classificação de Ouro Preto e de outras cidades históricas e do circuito do ouro. “É com muita felicidade que Ouro Preto recebe a classificação ‘B’ no mapa do Ministério do Turismo, que, entre as cidades históricas e do circuito do ouro, foi a melhor classificação junto com Caeté e Tiradentes”, disse.
Felipe Guerra explicou que a classificação “A” exige alguns elementos de infraestrutura que cidades históricas raramente possuem. “Infelizmente para cidades como Ouro Preto, Tiradentes e Caeté receberem classificação ‘A’ é complicado porque existem questões de infraestrutura que essas cidades dificilmente conseguirão atender, como, por exemplo, possuir um aeroporto. Por isso, é que, muitas vezes, as capitais saem na frente, porque é levada em conta todas as instalações e serviços da cidade e não apenas a estrutura turística. Assim, podemos dizer que chegamos praticamente no conceito máximo no Mapa do Turismo Brasileiro. Isso é muito importante porque coloca Ouro Preto e essas outras cidades como a prioridade na aquisição de recursos para projetos junto ao Ministério do Turismo”, esclareceu.
O secretário agradeceu a equipe da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio pelo resultado atingido. “Então, Ouro Preto está fazendo o dever de casa e quero parabenizar toda a equipe do departamento de turismo, da Secretaria de Turismo, por colocar nossa cidade novamente na vitrine, em destaque no turismo de Minas Gerais, e, principalmente, das cidades históricas. Isso mostra que o fortalecimento da economia passa, cada vez mais, pelo turismo em Ouro Preto”, concluiu.