A Mostra Tiradentes | SP chega à sua 8ª edição, de 1º a 7 de outubro, em formato digital e totalmente gratuita, graças à continuidade da parceria entre a Universo Produção e o Sesc São Paulo. Em sete dias de programação serão exibidos 47 filmes (13 longas e 34 curtas), promovidos 8 bate-papos com realizadores, dois debates e uma performance audiovisual de abertura. A programação completa com datas, horários e períodos em que os filmes ficam disponíveis para exibição pode ser conferida e acessada pelos sites sescsp.org.br/mostratiradentese mostratiradentessp.com.br.
“A Imaginação como Potência” é a temática que norteia esta edição do evento proposta pelo curador Francis Vogner dos Reis com o intuito de propor novas maneiras de ver, produzir e se relacionar com as imagens. Pretende gerar reflexão e ser propositiva diante de um cenário incerto. Faz um convite para olhar adiante, desfrutar o cinema como arte e, em sua criação, vislumbrar os caminhos possíveis para a construção de novos rumos. A Mostra Tiradentes|SP tem o intuito de ampliar a reflexão iniciada na 23ª edição da Mostra Tiradentes (janeiro 2020) e gerar novas discussões e perspectivas. O tema foi definido antes do cenário de pandemia que estamos vivendo, mas o enfoque mostrou estar mais atual do que nunca.
Em cartaz, todos os filmes vencedores da 23ª Mostra Tiradentes, além de outros destaques exibidos na edição mineira, como os títulos que integraram a Mostra Aurora e a Mostra Foco – seções competitivas do evento – e filmes selecionados especialmente para a 8ª edição da Mostra Tiradentes |SP, destacando a produção de longas e curtas paulistas.
“A oitava edição da Mostra Tiradentes paulista apresenta um recorte que busca refletir sobre a força da imaginação como veículo de transformação em tempos sombrios, corroborada pela pulsante diversidade do cinema brasileiro contemporâneo, mesmodiante de um cenário de controvérsias e indefinições”, destaca o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Miranda.
“A Mostra Tiradentes |SP representa a força do nosso cinema e da nossa cultura. Uma conjugação de esforços que tem um propósito que nos une –lutar pelo que é produzido no Brasil, pela pátria das nossas imagens, dos corpos que as fazem, dos que as aplaudem. Um espaço de vanguarda para discutir e difundir verdadeiros tesouros lapidados por seus artistas em funções e papéis diversos que não dá para serem ignorados e marginalizados. Merecem ser assistidos, apreciados, refletidos e difundidos”, fala Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes.
ABERTURA | HOMENAGEM + DEBATE INAUGURAL + FILME DE ABERTURA
A intensa e diversificada programação tem início no dia 1º de outubro, às 20 horas, pelo sitesescsp.org.br/mostratiradentes. A abertura oficial contará uma performance audiovisual a ser transmitida no Youtube do CineSesc que apresentará a temática central e presta homenagem ao o coletivo Filmes do Caixote, criado na primeira década do século XXI pelos realizadores Caetano Gotardo, João Marcos de Almeida, Juliana Rojas, Marco Dutra e Sérgio Silva – um reconhecimento à trajetória de uma das mais notórias experiências de coletivo cinematográfico em São Paulo.
Francis Vogner dos Reis, curador da Mostra Tiradentes | SP 2020, justifica a escolha do coletivo como homenageado: “O Filmes do Caixote fez basicamente os filmes paulistanos de maior repercussão internacional dos últimos 20 anos.Os realizadores que integram o grupo têm também uma fortíssima produção de curtas-metragens. Eles são uma marca do cinema paulistano”.
Para Francis Vogner, “trata-se de um dos poucos, senão o único coletivo, que faz produções dinâmicas que abordam, por meio de fabulações e metáforas, questões políticas e sociais. Eles trabalham com modos de produção mais tradicionais, como prêmios e editais, mas também por conta própria, de forma mais anticonvencional e ousada, com uma grande repercussão internacional. Nas produções do coletivo Filmes do Caixote, encontramos toda a realidade produtiva e criativa do cinema brasileiro, com toda sua variedade, e do cinema paulista em particular”.
Na abertura, o público poderá conhecer os cinco integrantes do coletivo “O Percurso do Filmes do Caixote” em um debate inaugural, que vai colocar em diálogo a trajetória e filmografia do grupo com as questões abordadas na temática central “A Imaginação como Potência”. Provocações como: Quais são os caminhos estéticos, políticos e poéticos que os filmes têm tomado e que configuram o que podemos chamar de “nova imaginação”? Como esses filmes respondem ou indicam caminhos para a formulação das transformações necessárias no imaginário político e cinematográfico? Como se dá o processo de criação dos filmes do coletivo paulista homenageado desta edição do evento?
A programação da abertura se completa com a pré-estreia do filme “Canto dos Ossos” (CE/ RJ), de Jorge Polo e Petrus de Bairros. O longa foi eleito Melhor Filme da Mostra Aurora pelo Júri Oficial da 23ª Mostra Tiradentes. Após o filme, será exibido um bate-papo com a equipe do longa.
MOSTRA HOMENAGEM| COLETIVO FILMES DO CAIXOTE
A Mostra Homenagem exibe os longas “Trabalhar Cansa” (2011), de Juliana Rojas e Marco Dutra, e “O que se move” (2012), de Caetano Gotardo; e 15 curtas-metragens que marcaram a trajetória do coletivo, como “Desculpa, Dona Madama” (2013), único filme dirigido por todos integrantes, e “A Bela P…” (2008), de João Marcos de Almeida e que teve participação de todos os membros como elenco ou trilha sonora. “Estamos muito felizes com a homenagem e acreditamos que é uma grande oportunidade para dar destaque a nossos curtas, que é como a gente se firmou”, comenta o coletivo.
MOSTRA AURORA
Dedicada exclusivamente à exibição de trabalhos de diretores em início de carreira, independentemente da idade, mas que tenham até três longas realizados, a Mostra Aurora é a seção mais prestigiada e aguardada da Mostra Tiradentes. Com curadoria assinada por Francis Vogner dos Reis e Lila Foster, o recorte reúne filmes inéditos de diretoras e diretores de quatro estados – Ceará, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal – mantendo o seu olhar para a produção independente das mais variadas regiões do país.
Depois de concorrerem ao prêmio do Júri Oficial na 23ª Mostra de Tiradentes, eles podem ser conferidos de qualquer parte do país, em formato online. Oito filmes integram a seleção: “Cabeça de Nêgo” (CE), de Déo Cardoso; “Cadê Edson?” (DF), de Dácia Ibiapina; “Mascarados” (GO), de Marcela Borela e Henrique Borela; “Pão e Gente” (SP), de Renan Rovida; “Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu” (SP), de Bruno Risas; “Canto dos Ossos” (CE), de Jorge Polo e Petrus de Bairros; “Natureza Morta” (MG), de Clarissa Ramalho; e “Sequizágua” (MG), de Maurício Rezende.
Para Francis Vogner, todos estes longas-metragens se aproximam “na cosmopoética de outros tipos de abordagem de elementos identificáveis como pertencentes a um suposto realismo. Nenhum deles, portanto, usa o real como camisa de força, e sim como ponto de partida para a proposição de reconfigurações”.
MOSTRA FOCO
Também avaliada pelo Júri Oficial na 23ª Mostra de Tiradentes, a Mostra Foco será exibida em sua totalidade durante o evento.Geralmente muito prestigiado pelo público – devido à duração dos filmes e à possibilidade de se assistir a títulos variados numa mesma sessão –, o curta-metragem sempre teve um tratamento especial na programação, sendo a Mostra Foco um dos recortes mais aguardados.
Ao todo, 10 filmes de seis estados integram a seleção:“A Barca” (AL), de Nilton Resende; “Aos Cuidados Dela”(SP),de Marcos Yoshi; “Calmaria”(MG), de Catapreta; “Cinema Contemporâneo” (PE), de Felipe André Silva; “Estamos Todos na Sarjeta, Mas Alguns de Nós Olham as Estrelas” (SP), de João Marcos de Almeida e Sergio Silva; “Mansão do Amor” (PE), de Renata Pinheiro; “Minha História é Outra” (RJ), de Mariana Campos; “Perifericu”(SP), de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira, curta vencedor do Prêmio Canal Brasil; “Rancho da Goiabada” (SP), de Guilherme Martins e “Egum” (RJ), de Yuri Costa,curta-metragem vencedor do Júri Oficial.
O curador Pedro Maciel aponta a presença grande de títulos híbridos, que flertam com o documentário e o filme-ensaio, e alguns de narrativas mais alegóricas tratando de questões urgentes. É o caso de “Perifericu”, do coletivo paulista formado por NayMendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira e que reflete sobre os deslocamentos de moradores da periferia para o centro nas grandes cidades brasileiras. “São olhares bastante críticos para alguns comportamentos sociais nestes primeiros anos do século”, diz.
MOSTRA PAULISTA
A participação de filmes produzidos em São Paulo é destaque na programação da Mostra Tiradentes |SP: dos 47 filmes exibidos, 29 são paulistas, incluindo obras apresentadas na 23ª Mostra Tiradentes e títulos selecionados especialmente para a edição paulista do evento.
Uma seção especial denominada Mostra Paulista, coloca em destaque estas realizações, reunindo o longa “Três Bailarinas”, de Leonel Costa, convidado especialmente para a 8ª Mostra Tiradentes | SP, e os curtas “Bonde”, do Coletivo Gleba de Pêssego, “Carne”, de Camila Kater, “Entre Nós e o Mundo”, de Fábio Rodrigo, e “Mona”, de Luíza Zaidan e Thiago Schindler.
MOSTRA A IMAGINAÇÃO COMO POTÊNCIA
Destacando a temática desta edição, a Mostra Tiradentes | SP apresenta a Mostra A Imaginação Como Potência, reunindo dois longase cinco curtas-metragens. “O que emerge na atual produção no país é o desejo de interpretar nossa experiência hoje, de projetar caminhos possíveis, de provocar imagens que nos remetam a uma perspectiva sobre o passado tendo em vista não só um olhar original sobre fraturas sociais e políticas, mas também uma superação destas num desejo de futuro”, destaca o curador Francis Vogner dos Reis.
Um recorte específico leva o nome da temática e reúne os longas “Até o Fim” (BA), de Ary Rosa e GlendaNicácio, eleito melhor longa da 23ª Mostra Tiradentes pelo Júri Popular, e “Yãmĩyhex: As Mulheres-Espírito” (MG), documentário dirigido por Sueli Maxakali e Isael Maxacali, filme vencedor do Prêmio Carlos Reichenbach – melhor longa da Mostra Olhos Livres, eleito pelo Júri Jovem da 23ª Mostra Tiradentes. E cinco curtas: “A Parteira” (RN), de Catarina Doolan, eleito melhor curta da 23ª Mostra Tiradentes pelo Júri Popular, “A Felicidade Delas” (SP), de Carol Rodrigues; “Pattaki” (SE), de Everlane Moraes; “O Verbo se Fez Carne” (PE), de ZielKarapotó; e “Inabitáveis” (ES), de Anderson Bardot.
SOBRE A MOSTRA TIRADENTES |SP
1º A 7 DE OUTUBRO DE 2020 | ONLINE E GRATUITA
Realizada pela Universo Produção e pelo do Sesc São Paulo, a Mostra Tiradentes | SP tem o propósito de ampliar as possibilidades de formação, reflexão, exibição e difusão do cinema brasileiro contemporâneo. De 1º a 7 de outubro de 2020, o público poderá acompanhar online e gratuitamente um panorama do cinema brasileiro contemporâneo, com a realização da Mostra Tiradentes| SP 2020. A programação contempla lançamentos e novidades do cinema nacional em longas e curtas em pré-estreias e mostras temáticas, debates com realizadores, pesquisadores e profissionais do audiovisual, homenagem e performance. Importante se atentar para o período de exibição dos filmes, durante a mostra, pois alguns deles ficam disponíveis apenas por 48 ou 72 horas.
Toda programação é gratuita.
Assista em : sescsp.org.br/mostratiradentes
Confira a programação no site www.mostratiradentessp.com.br
ATENÇÃO:
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Serviço
MOSTRA TIRADENTES SP 2020
1º a 7 de outubro de 2020
Acesse: sescsp.org.br/mostratiradentes e mostratiradentessp.com.br
Online e gratuita.