A premiação recebeu mais de 515 inscrições, que aconteceram principalmente online, por conta da pandemia de Covid-19.
Os vencedores do prêmio são de Minas Gerais, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Ceará, Pernambuco, Amapá e Rio Grande do Norte. Além disso, cinco ações de Ceará, Bahia, Espírito Santo, Tocantins e Rio Grande do Sul vão receber menções honrosas pelo trabalho desenvolvido.
Todos os projetos passaram por análises regionais e pela apreciação da Comissão Nacional de Avaliação, composta por 21 membros, entre eles os cinco diretores do Iphan e seu presidente.
A ação da Faop venceu na categoria 1: Ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza material, segmento II – Administração direta e indireta municipal.
A intenção da iniciativa é promover a formação de técnicos conservadores-restauradores, articulada com a preservação de acervos comunitários. Além disso, o projeto visa deixar um legado para as comunidades e para os alunos, que desde o início da formação convivem com a valorização e a diversidade da herança cultural brasileira, atuando efetivamente na preservação de seus bens culturais móveis.
Os alunos do Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP são estimulados a interagir com a comunidade local durante o estágio supervisionado obrigatório, intrínseco às práticas de ateliês.
Nesta etapa da formação o aluno realiza atividades em três áreas, papel, escultura policromada e pintura de cavalete. O estágio se encerra mediante a conclusão dos processos de restauro e a entrega dos relatórios finais.
Esta estratégia de ensino-aprendizagem propicia aos alunos formação consistente, fortalecendo a segurança para atuação no mercado de trabalho e, às comunidades guardiãs, o tratamento necessário e adequado aos seus acervos, propiciando longevidade à preservação dos bens.
A presidente da Faop, Júlia Mitraud, ressalta a importância desta ação para o processo de formação dos alunos e para as comunidades atendidas. “A ação desenvolvida pela FAOP reforça a sua missão institucional, de formar cidadãos para atuar com excelência na preservação de bens culturais em um trabalho que dialoga com as comunidades guardiãs”, afirma Júlia.
O processo de restauração é gratuito. A comunidade arca somente com os custos relativos a serviços de terceiros tais como transporte, marceneiro ou escultor especializado para estruturação e complementação de suporte. O acervo permanece na FAOP por 24 meses.
Durante esse período, a comunidade é convidada a visitar e acompanhar os procedimentos que estão sendo realizados. Na oportunidade visitam os Ateliês, onde conhecem a estrutura do Curso, compreendendo as diversas etapas dos processos de restauro e os alunos ampliam a perspectiva e o entendimento da profissão e do objeto de estudo.