A mostra ficará em exposição até o dia 3 de junho
Nise da Silveira, médica reconhecida mundialmente pela abordagem humanizada e defesa das atividades expressivas, especialmente pintura e modelagem como forma de tratamento em saúde mental, certamente ficaria orgulhosa da exposição Memorial da Saúde Mental no Município de Ouro Preto e Região dos Inconfidentes, aberta ao público no dia 25 de maio, na Casa dos Contos.
A exposição, além de apresentar uma linha do tempo das ações em favor da saúde mental nos municípios de Ouro Preto, Mariana e Itabirito, exibe os trabalhos dos usuários produzidos nas oficinas dos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) desde o ano 2000, como os produzidos na Oficina da Lua entre os ano de 2000 a 2008, que vão ao encontro das propostas dos espaços sociais e inserção comunitária, reafirmando o pertencimento dos usuários com o meio.
Paula Brito, diretora da Rede de Atenção Psicossocial de Ouro Preto, explica que os Caps são serviços de saúde em caráter aberto e comunitário voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias que se encontram em situação de crise ou em processos de reabilitação psicossocial. “Inauguramos este espaço de exposição dos trabalhos produzidos nos Caps que mostram a grandiosidade e a potencialidade das expressões artísticas dos usuários”.
Em 1998, o Conselho Municipal de Saúde de Ouro Preto aprovou a proposta de reorganização da saúde mental do Município, tendo a implantação do Caps I em novembro de 1999. O prefeito Angelo Oswaldo e a vice-prefeita Regina Braga, maravilhados com a riqueza da exposição, ressaltaram a importância da rede de Assistência Psicossocial e do trabalho do Caps, além de reafirmar o compromisso da gestão com a saúde mental. A vice-prefeita agradeceu os esforços de todos que contribuíram e contribuem com essa humanização.
Os curadores da exposição, Christine Vianna Algarves Magalhães, Marco Flávio de Alvarenga e Kako Nabuco, contam que o anseio em produzir a exposição era muito grande, pois desde o início das oficinas, os materiais estão sendo produzidos e guardados e que o acervo é um relato da humanização do serviço de saúde mental que o Município oferece.