O Ateliê de Psicanálise de Orientação Lacaniana de Ouro Preto desenvolveu-se a partir de meados de 2014, pela criação e contínua invenção da psicanalista Claudia Itaborahy Ferraz. A proposta de Ateliê de Psicanálise é interessante porque está relacionada, principalmente, à prática que compartilha o pensamento psicanalítico além da clínica. Ressignificando a concepção de um Atelier – lugar de encontros e de trabalhar com as mãos - o Ateliê de Psicanálise é um espaço que trabalha essa área do saber e se utiliza de ferramentas propriamente humanas para fazer brotar a subjetividade do participante: o dizer, o escrever, o ler, o escutar: ensaio e possibilidade estética. Assim, também, nascem as trocas de experiências em um ambiente livre, destinado àqueles interessados na compreensão de si mesmo e na relação o eu – o outro, o eu- o mundo, nós e a cidade.
De Orientação Lacaniana, o Ateliê busca reencontrar o que “Lacan quis dizer e não disse! Ou disse de modo imperfeito, obscuro” (...) assim interpretou Jacques Miller, fundador da Associação Mundial de Psicanálise, sobre a tentativa de apreender a intenção e a palavra de Lacan a partir de sua essência Freudiana. Desta maneira, o Ateliê se orienta por Lacan e Freud no que tange o saber psicanalítico em estudo e intervenção.
O Ateliê, hoje, estabelece continuidade do Ciclo de Estudos iniciado no primeiro semestre de 2014. Esta atividade é a única que exige inscrição prévia dos interessados e tem vagas limitadas, assim é imprescindível entrar em contato com o Ateliê para obter informações sobre o Ciclo, que já tem início marcado para 10 de março. Neste semestre, a temática será: mal estar na civilização, diferenças e violências, a leitura base será em torno de “O Mal-Estar na Civilização”, de Sigmund Freud. Os encontros são quinzenais, às terças-feiras de 19h às 21h, e o valor do Ciclo é de $200.
Além do Ciclo de Estudos, o Ateliê aposta no lançamento do Clube de Leitura Clarice Lispector: a absolutamente só, que fará a leitura de seu livro Perto do Coração Selvagem e se inicia dia 2 de março, às 19h. Para o mês de abril, o Ateliê de Psicanálise inaugura o Conversa de Ateliê, um encontro entre artistas e psicanalistas que conversam sobre seus ofícios. No dia 7 de abril, a Conversa será com a psicanalista Claudia Andrade e a musicista Pamelli Marafon, e apresenta o tema: Sobre o tempo, compasso e composição, no ICHS, em Mariana. O horário ainda precisa ser definido e em breve estará disponível no site.
CineAteliê também compõe a programação do Ateliê. O Cinema comentado como atividade importante na percepção e interpretação da linguagem, do discurso... Um momento mais perto da estética, das interpretações entre o real e o ficcional. Em junho já há uma sessão planejada para acontecer na cidade de Mariana.
Já o Ateliê Itinerante é o principal vetor da “clínica extensa”. O interesse principal desta atividade é a escuta da cidade e a capacidade de intervenção da psicanálise no cotidiano deste espaço. CineAteliê e Conversas de Ateliê são sub-atividades do Ateliê Itinerante, e se colocam como mais um, à sua maneira, para escutar o sintoma da cidade.
Pela experimentação, pelo imperfeito, pela falha é que se faz o Ateliê. A criadora deste espaço, Claudia Itaborahy, abre sua sala na Clínica Anima para dar vazão ao que muitas vezes passa despercebido ao sujeito. O Ateliê se abre para dar voz aos seus integrantes e se perfaz, assim, um espaço de construção subjetiva coletiva. Para todos os detalhes deste Espaço, entre no site: www.ateliedepsicanalise.com.