A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que, após um período fechado para manutenção, o Parque poderá ser visitado pela população e visitantes no horário de 08h às 17h.
O funcionamento se dará todos os dias da semana, entre a portaria próxima à Rodoviária até a portaria situada no bairro Pilar.
O Parque
A inauguração do Horto Botânico de Vila Rica aconteceu em 1799. O local foi idealizado pela Corte Portuguesa para a aclimatação de plantas, particularmente especiarias, como o cravo da Índia, a canela, a pimenta, a árvore pão, além do cultivo de plantas e sua disseminação, com a finalidade de gerar desenvolvimento para as localidades. Difundindo novas culturas agrícolas, o horto teve papel importante no estudo das espécies originais dos povoados mineiros e na domesticação de plantas enviadas de locais distantes, como Pará, Rio de Janeiro, Portugal ou de outras partes do Império Português.
O antigo Horto de Vila Rica ocupa, assim, um local especial não apenas na cidade, mas para a história dos jardins botânicos no Brasil. A primeira década de existência do Horto Botânico foi também a fase que alcançou o seu maior dinamismo. Marcaram o período a constituição do espaço, com a construção dos canteiros à moda europeia, a recolha de espécies vegetais, as experimentações e análises de plantas e a produção de medicamentos.
Passados mais de duzentos anos, a cidade de Ouro Preto conta ainda com expressiva área verde no centro da cidade. O espaço do antigo Horto foi incorporado ao Parque do Vale dos Contos, reinaugurado em 22 de junho de 2008, pelo então ministro da Cultura Gilberto Gil e pelo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo a maior intervenção urbana do Programa Monumenta/Iphan. Construído em parceria com a Prefeitura Municipal, o espaço de lazer de 360 mil metros quadrados está situado em pleno centro histórico de Ouro Preto, entre a Igreja do Pilar, a Casa dos Contos e a Rodoviária, e recebeu um intenso tratamento paisagístico e a instalação de trilhas e espaços de receptivo (cantinas, quadras, praças, mirantes e auditórios).
A área associa valorização do patrimônio histórico e preservação ambiental, em um local onde não havia acessibilidade do público. Sem interferir na estrutura urbana, a obra promoveu a despoluição do córrego que corta o parque e ainda viabilizou todo o tratamento paisagístico da região através da plantação de mais de três mil mudas de árvores.