Bom Dia Ouro Preto! - Gê Fortes - Convidada de hoje: Valdete Braga
17/10/2014
BOM DIA OURO PRETO!
“ Bom dia Ouro Preto, onde passado e presente se fundem em poesia!”
Valdete é ouro-pretana da gema, e brincamos que veio, através da origem dos pais, João Braga e Clarisse, de uma mistura de Glaura com Chapéu do Sol, Distritos de Ouro Preto. Ô saudade! foi a nossa expressão quando lembramos que perdemos nossas mães no mesmo ano. Sua mãe, ficando viúva aos 44 anos criou a família onde moram, no bairro São Cristovão. Ela vivenciou o bairro no seu começo, uma tranquilidade absoluta, ela nos conta. Valdete procurou cedo sua independência financeira e a opção que a cidade oferecia era fazer um curso técnico, se formando em metalurgia na antiga ETFOP. Ela e suas irmãs foram as primeiras meninas da cidade a frequentar a Escola, um ambiente quase que totalmente masculino, naquela época. Valdete não se realizou com o seu curso, e embora ganhando menos do que como técnica, procurou outras opções de trabalho e por muitos anos foi funcionária da Empresa de Transportes Cristo Rei. Com vontade de permanecer em Ouro Preto e acreditando que o futuro a gente faz, descobriu o prazer de estudar se graduando em letras, na Universidade Federal de Ouro Preto. Foi aí que descobriu o que realmente gosta de fazer: escrever! Uma vocação e uma vontade que já se fazia presente nos seus diários de criança e adolescente. Entre um conto, um romance e muitas histórias, o mundo dá suas voltas e ela retornou a Escola Técnica, agora como funcionária e se estabilizou profissionalmente. O seu primeiro livro foi um romance, “Do Outro lado das Montanhas”, e hoje ela já contabiliza seis lançamentos com muito sucesso. O seu lado mais conhecido é como cronista, um texto delicioso na coluna “Amenidades” que há quinze anos publica semanalmente no jornal O Liberal. Valdete descobriu recente uma outra atividade que está lhe dando um grande prazer: junto com a sócia Márcia Otaviano, abriu o Centro Educacional Sossego da Mamãe, uma creche berçário que atende crianças a partir dos seis meses na rua Tomé Vasconcellos. Ela faz parte do cotidiano da cidade com suas crônicas...ficou assim íntima de todos os seus leitores e nós lhe desejamos muita sorte!